Em pé de estréias do filme Crepúsculo, adaptação do livro de Stephanie Meyer (aliás, óóotimo livro, recomendo - ok , acabei de ver o filme que também é muito bom, mas nada como o gostinho de folhear folhas e mais folhas de um livro bem escrito ;) - mas voltando ao assunto), resolví colocar duas entrevistas com os atores principais do filme: Robert Pattinson (que representa Edward Cullen) e Kristen Stewart (Bella Swan).
OBS: As entrevistas podem parecer muito longas se olharem o post inteiro sem antes lê-lo, mas garanto que vale a pena ler as entrevistas e até me arriscaria a dizer que a maioria de vocês vão gostar delas, uma vez que são divertidas e satisfazem as perguntas e um pouco da curiosidade de muitos fãs. Boa leitura ((:
Agradecimentos ao Omelete (http://www.omelete.com.br/cine/100017113/Especial_Crepusculo__Twilight_.aspx) , que possui um especial sobre Crepúsculo, de onde retirei as entrevistas abaixo.
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ENTREVISTA COM KRISTEN STEWART (BELLA SWAN)
É verdade que Rob Pattinson pediu você em casamento?
Kristen Stewart: É sim. Quer dizer, não sei se ele falou sério, mas ele pediu.
Como isso aconteceu?
Simplesmente aconteceu. Passamos muito tempo juntos, algumas horas bem intensas. Estávamos exaustos de tanto trabalhar a maior parte do tempo.
Você já está com problemas para sair em público?
Sim, mas nem tanto. Com Rob é muito pior - ele é reconhecido em todos os lugares!
É o cabelo.
Sem dúvida! E ele é alto. Todo mundo olha.
Mas como estão sendo seus encontros com os fãs?
Totalmente positivos, mas exigem muito... Eu só tenho que lidar com os fãs em eventos e a única coisa que tenho que fazer é ficar parada ali, com um sorriso no rosto, e torcer pra não falar besteira e ser crucificada. É bacana. Acho legal que eles tenham tanta paixão por um livro.
E fora desses eventos?
Nada demais. Uma ou outra vez só... Teve uma vez que uma menina tímida chegou pra mim e perguntou se eu era mesmo eu, pois ela achava que sim e os amigos dela estavam chamando-a doida. Mas outro dia, em um evento, eu fiquei meio assustada. Fui a uma sessão de autógrafos em Roma e não consegui chegar ao carro - os seguranças tiveram que me agarrar e meus pés nem tocavam o chão. Fui literalmente jogada dentro de uma van... Se eles não tivessem feito isso sei lá o que a multidão ia fazer. Foi surreal. Nada a ver comigo ou com quem eu sou.
Você sente uma responsabilidade em relação a esse livro, ao que os fãs querem? Isso afeta sua atuação de alguma maneira?
Sim. Sinto-me extremamente responsável pela história e personagem. Se eu não a interpretasse direito tudo o que ela é ficaria apenas no texto e a experiência não seria completa no cinema. Isso é muito importante. Eu, sinceramente, não conhecia os fãs quando o filme começou - só via meu objetivo e não olhava ao redor. Fiz isso pra preservar um certo distanciamento, já que ela não é uma personagem particularmente distinta - é apenas uma menina que se vê em uma situação extravagante. É impossível agradar a todos, então segui o texto para garantir que ela se mantivesse o veículo através do qual as pessoas experimentam a história.
Você ficou em dúvida em aceitar ou não um papel em uma franquia?
Eu estou pronta para ficar na série até onde ela for. Eu vou adorar fazer o segundo, o terceiro e quarto. Aceitei essa responsabilidade desde o começo - é assim que eu gosto de trabalhar, se estiver totalmente decidida a interpretar determinado papel e souber como. Do contrário eu pareço confusa na tela.
Você nunca hesitou então? Nem com a idéia de ficar marcada pela personagem?
Não. Ou esse filme vai facilitar que eu siga fazendo o que já estava fazendo ou vai me derrubar - e aí eu teria que justamente voltar aos meus filmes pequenos e independentes que ninguém vê. Então não. Não tenho como sair perdendo com ele. Eu acabo de sair de um filme em que vivi uma menina de rua, muito ferida, uma stripper. Então nunca me preocupei com isso.
Como foi trabalhar com Catherine Hardwicke, a diretora?
Ah, ela é uma pessoa difícil de descrever. Ela é bastante excêntrica. Quando a encontrei pela primeira vez pensei "ela é doida". Adorei ela! Ela tem uma certa inocência infantil, uma maneira interessante de entender emoções básicas. Ela não complica as coisas. Há quem pense nisso como uma simplificação das coisas, mas não é isso. Ela simplesmente voltou ao básico e tem enorme entusiasmo com isso. Ela trabalha o tempo todo também e está sempre disponível.
Você sentiu falta de alguma cena que foi filmada e não entrou na edição?
Eu só vi uma vez o filme e não lembro de ter sentido falta de nada... Bom, tem uma coisa sim. Mas foi uma cena de improviso e talvez tenha destoado do conjunto. Era uma cena em que simplesmente andávamos e conversávamos, falando nada importante. Mas eu a adorei. Outros diálogos do filme foram improvisados. Eles mandavam conversarmos como os personagens e fingiam que essas cenas eram só para teste mas acabaram usando esse material. Fiquei surpresa. Uma delas foi a cena da árvore, quando ele me coloca na árvore e me mostra aquela vista maravilhosa e eu digo "esse tipo de coisa não existe" e ele responde "no meu mundo sim" - isso é 100% Rob.
Eles usaram bastante disso, inclusive no trailer.
Eu sei! É estranho.
Existe uma história na Entertainment Weekly sobre como Rob Pattinson ficou obcecado com o personagem dele - e que vocês tinham que fazê-lo baixar a bola... É verdade?
É. Ele é um perfeccionista e isso que o fez ficar tão bem no papel. Quanto à obsessão, não é difícil explicar. Quando se está num set, cercado de atores, você meio que fica no personagem o tempo todo. Depois vai pra casa e é difícil se distanciar de tudo o que houve o dia inteiro. Mas ele leva isso um pouco além... Às vezes tínhamos que pedir pra ele se acalmar - ele detestava isso. Esse estado emocional tinha muito a ver com o personagem dele...
E você? Tem esse tipo de problema? Ou desliga mais fácil?
Depende de muitos fatores. Varia. Esse filme da menina de rua que mencionei, Welcome to the Riley's, tinha um peso maior. Eu considero fácil fingir, mas o trabalho às vezes fica pesado. Especialmente depois de 16 horas de filmagens, quando você literalmente entra em colapso. Às vezes é fácil esquecer o personagem - às vezes não.
Você não está enjoada de ver seu rosto em tantos cartazes, outdoors e propagandas de Crepúsculo? Ou está curtindo?
Eu estou muito feliz de ter feito esse filme. Estou feliz e orgulhosa do meu trabalho, que ficou como eu queria. Se não tivesse sido assim eu estaria debaixo desta mesa agora. Mas estou empolgada com tudo isso, com o resultado. Não trabalho como atriz para aparecer em revistas, nunca quis isso e essas coisas não me impressionam. Então estou feliz. Agora, não sei como me sentiria que o filme tivesse ficado ruim ou eu não tivesse orgulho do meu trabalho nele. Imagine minha carona lá em um outdoor nesse caso - eu não aguentaria. Aliás, não sei como algumas pessoas conseguem.
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ENTREVISTA COM ROBERT PATTINSON (EDWARD CULLEN)
Você está preparado para a legião de fãs que está chegando em conseqüência deste filme?
Robert Pattinson: É... Meu cérebro não entende isso. Mas tudo bem. Eu posso ser deixado em qualquer lugar e logo me acostumo com a situação. Eu só não quero ser esfaqueado ou nada do tipo. Sério, meu agente me perguntou "Você tem algum problema com isso? Vai dar tudo certo?" e eu disse "Eu só não quero levar um tiro ou ser esfaqueado. Não quero que alguém chege em mim com uma agulha infectada e eu pegue AIDS". Estes são meus únicos medos.
E o pior é que tem gente lá fora capaz de fazer isso, né?
Eu sei. Sempre que eu vejo uma aglomeração eu penso nisso. E quando estou num avião fico pensando que a parte de baixo vai ficar arrastando no asfalto na hora de decolar.
Você acha que alguma coisa da sua experiência em Harry Potter te preparou para o fenômeno pop de Crepúsculo?
Tudo acaba. Vivi o que era ser a manchete por alguns meses e daí, logo depois, ninguém estava nem aí. Isso ajuda. Ajuda quando você se acostuma com isso e sabe que ninguém liga. Uma vez que você se imuniza ao fracasso é como se nada mais importasse.
O retrato que fizeram de você na matéria da [revista] Entertainment Weekly é que você ficou obcecado em interpretar esse papel, que ficou angustiado por isso. É verdade?
É. Eu não queria fazer um filme adolescente estúpido. Eu não fiz nada que as pessoas tenham visto desde Harry Potter porque eu queria aprender a atuar. Não queria ser um idiota. E isso aconteceu meio aleatoriamente. Eu não sabia onde estava me metendo no começo. Eu estava querendo esperar mais um ano fazendo mais uns dois ou três trabalhos menores e só então tentar algo maior e daí isso tudo aconteceu e eu pensei "Bom, vamos lá".
Eu tinha feito um outro filme que foi muito intenso e saí mais satisfeito do que qualquer outro trabalho anterior. Não sei como ficou ou qual o resultado que isso trouxe, mas eu saí muito melhor e queria repetir isso em Crepúsculo e também tentar quebrar o tabu de que uma adaptação de um livro que está vendendo um monte não é boa. Até uma criança de seis anos sabe esses filmes são feitos para ganhar dinheiro - e eu não queria me envolver em algo assim.
Pensei que Catherine [Hardwicke] e Kristen [Stewart] concordariam comigo. E elas têm reputações a zelar, muito mais do que eu.
Então, tudo o que eu fiz foi me certificar que assim que as pessoas chegassem a Portland eu teria de saber tudo sobre tudo. Eu não falava outro assunto que não acrescentasse nada ao personagem no último mês e meio antes da filmagem. E isso empolgou as outras pessoas. Quando as pessoas lêem o livro, vêem que é algo fácil de ler e daí fica com aquela sensação de "lá vem outro filme feliz". E eu segurando o livro e pensando "Não! Isso vai ganhar uns Oscars!' [risos]
Isso tornou o fim das filmagens mais dolorido?
Na verdade, não. Foi mais difícil quando as pessoas me pediam para fazê-lo mais leve. Ao mesmo tempo que penso que o meu jeito funcionaria e tudo o que estava diferente do livro, quando ele tem suas tiradas, ele é um cara confiante e que não liga para garotas. Se você está escrevendo sobre o cara perfeito, você não diria que ele é um esquisitão maníaco depressivo que quer se matar o tempo todo. Por isso passei um tempo brigando com os produtores. Catherine me trouxe uma cópia do livro e mostrou todas as partes em que ele sorria e eu tive de concordar.
Mas no próximo livro o seu personagem tenta mesmo se matar, né?
Eu sei! Eu ficava falando "Então esperem até a seqüência."
Stephenie Meyer escreveu - ou ao menos começou - Midnight Sun do ponto de vista do Edward. Ela já te mostrou aguma coisa sbre o personagem?
Sim. Ela me deu quando já tínhamos filmado cerca de dois terços do total. Eu nem sabia que aquilo existia. Digo, eu já sabia do primeiro capítulo, que estava na Internet. Muito da angústia do personagem vem dali. Fala do pouco controle que ele tem. No livro, se vê isso quando ele diz "Eu sou um monstro e vou te matar" e ela responde "Eu não estou com medo". Você meio que sabe o tempo todo que ele nunca vai fazer algo mau. Mas daí você lê o primeiro capítulo do Midnight Sun, e vê o quanto ele quer matá-la e como ele considera matar o colégio todo apenas para satisfazer esse seu desejo. Eu queria que esse elemento fosse bastante proeminente nele. Eu queria a Bella dizendo "Eu não estou com medo. Você não vai fazer nada comigo", mas sem tanta certeza. Um diálogo desses acabaria ficando diferente. Algo como "Você não vai fazer nada comigo, vai?". Eu queria algo nesse tom. Acho que deixa tudo mais sexy se houver uma chance real dele simplesmente pirar e acabar matando-a.
Você e Kristen têm uma boa química, mas há também um forte elo com a sua família no filme. Você pode falar um pouco sobre essas relações que se criaram dentro e fora das telas?
Era muito estranho. Eu realmente tinha algo com a Kristen. Digo, todas as cenas são bem intensas e quando você está trabalhando com uma pessoa por quase todo o tempo, especialmente interpretando um relacionamento, é como uma pequena bolha. Mas com a família, eles são pessoas muito divertidas e nós nos demos bem. Não era atuação. Só a parte do sotaque americano. Peter [Facinelli] é um dos caras mais divertidos que eu já conheci.
Peter disse que você é péssimo no beisebol e que ele teve que te dar uma mãozona.
Ele não pára de falar isso. Ele deve estar entrando em todas as salas só pra falar isso, né? Sim, eu sou péssimo em beisebol. Catherine queria muito que eu me parecesse com um jogador profissional de beisebol e eu não dava a mínima pra isso. Boa parte do período de ensaios em que poderíamos estar nos dedicando aos ensaios propriamente ditos, ela ficava falando "Não. Você tem que parecer um astro do beisebol." Tinha até uma porra de um professor para me ensinar as posições certas e a Catherine ficava me testando "Deixe-me ver" e eu só respondia "Escuta, no dia eu vou fazer direitinho, ok? Eu consigo agachar, porra." E daí, até o resto das filmagens, sempre que ela tinha uma questão importante sobre o personagem eu ficava na posição de receber a bola.
Qual você acha que é o segredo da química que você e Kristen desenvolveram e compartilham durante o filme?
Acho que foi fazer o oposto do que a história é. Desde os testes de elenco, quando interpretamos uma das cenas do meio do filme, nós tínhamos o meu personagem tentando intimidá-la e ela com aquele olhar que só tinha amor e adoração, toda maravilhada, como se um deus tivesse descido para encontrá-la. Mas eu achava, e o interpretei, como um deus com problemas, aos pés dessa garota mortal. Até mesmo a posição em que nos estamos no fim do filme, eu estou literalmente me ajoelhando para ela. Não me lembro o que acontece no filme,mas no teste foi assim. Ela tinha esse jeito maternal e ele procurando por um auxílio. Acho que funcionou. Ela é muito forte. Ela não faz o tipo donzela. É estranho, eles escolheram as pessoas erradas. Eu sou um desastre e ela é muito forte e deveria ser o contrário. Mas acho que deu certo.
Que papo é esse de você pedir a Kristen em casamento?
Eu não me lembro disso ter acontecido. A Kristen falou que eu eu pedi e eu não lembro. Acho que uma outra pessoa me mandou uma mensagem de texto no celular há umas semanas dizendo "Você ainda está disposto a se casar comigo?" Acho que era ontem que eu deveria ter me casado com alguém.
Ah, então é normal para você.
Acho que sim.
Você vai fazer Salvador Dali em Little Ashes. Como é interpretar esse pintor tão icônico?
Não tem nada de igual, mas ao mesmo tempo acho que Edward também é um personagem icônico. Mas eu fiz a mesma coisa, detrinchei tudo o que se sabe sobre ele. E tem ainda uma tonelada de coisas escritas sobre ele e por ele, daí você vai juntando as peças do seu jeito. Eu o interpreto em uma fase em que ele é bastante jovem, entre 18 e 26 anos, e a história é sobre sua assenção e queda a essa caricatura que todos conhecem. Ele foi uma criança cronicamente tímida no início, então não era bem interpretar o Dali como imaginamos, com exceção da parte final e mesmo nessa hora ainda não estou interpretando ele. É mais um dos seus humores, acho. Eu pesquisei muita, muita coisa porque todo mundo falava em espanhol no set então eu passava o dia lendo. Foi a primeira vez que eu realmente entrei no personagem, tentando imitar seus movimentos. Tinha uma foto dele apontando e eu ficava tentando descobrir o que é que ele estava apontando. Foram três dias só nisso. Nunca tinha feito isso antes. Fiquei imaginando como era que ele andava e coisas do tipo. No final, eu não tenho idéia como ficou. Alguém me disse outro dia 'Eu nao sabia que era sobre Dali até o último dia, quando você estava com aquele bigode.' E eu pensei 'Oh, ótimo!' Acho que é meio que uma homenagem a ele. Todo mundo acha que ele era um maluco. Na autobiografia que ele fez quando era mais jovem - ele escreveu três autobiografias que contradizem uma às outras - ele diz que sua mãe o chupou e outras coisas e em outra ele diz que sua mãe foi a melhor de todos os tempos e lhe deu a melhor infância possível. Há capítulos chamados "Verdade" e outros chamados "Mentiras" e neles muitos fatos que são difíceis saber se são verdadeirou ou não, o que é engraçado. Tem tanta coisa sobre ele. É impressionant como ele se criou e tanta gente só consegue ver a máscara. Ele queria iss, mas é engraçado quando você sabe quanto mais existia por trás desse palhaço bizarro que ele foi no fim da sua vida, que só ligava para dinheiro. Ele foi uma pessoa incrivelmente complexa. E não sou eu quem está dizendo isso.
E o que você vai fazer a seguir?
Estou fazendo uma pequena produção chamada Parts Per Billion, com o Dennis Hopper e Rosario Dawson em janeiro e espero que algo mais logo em seguida.
É estranho ver as matérias que fazem sobre o seu cabelo na Internet?
Eu estava em Nova York dando entrevista a um programa de rádio e as pessoas começaram a mandar mensagens para lá pedindo para que eu tirasse o chapéu. Quando alguém diz que algo virou sua marca pessoal, a melhor coisa que você tem a fazer é se livrar dela. Senão só piora.
5 comentários:
Olá...
Ontem vi o filme. Foi bom ler as entrevistas.
Obrigado!
meu deus ameiii o filme e muito bom mas o ator... e bom demaiss
Anônimo, da segunda vez que vi o filme até gostei, mas simplesmente ADOREI *-* os livros...muito bons (:
Beijo!
adoro crepusúculo ão vejo a hora de ver o filme amanhecer
esse comentario foi um espetaculo,adorei,como adorei tambem os filmes que sempre asisto,ja decorei todas as falas dos personagens de tanto asistir,mas nao vou deixar de asistir nunca...esse filme e perfeitoo perfeitoo,se deus me desse a oportunidade de pelo menos conhecer pessoalmente os atores edward e bella iria ser o dia mais feliz de toda a minha vida...(tenho 19 anos sou brasileira,meu estado e goias minha cidade se chama alexania.)beijosss.
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