Fazem só ALGUNS meses que não posto nada. Voltarei a postar, regularmente, espero(:. Lá vai uma narração(ficção):
Hoje tive a oportunidade de levar meu sobrinho à escola. Sempre gostei de crianças, mas, acima de tudo, adoro a pureza, inocência e sinceridade dos pequenos. Nunca parei para questionar sua honestidade, mas passar dez minutos do meu dia com Joãozinho sempre me fez acreditar no melhor das pessoas, e ter mais fé no mundo.
Joãozinho era o próprio significado de sinceridade, em pessoa. Eu nunca pensei que sinceridade poderia existir desacompanhada de honestidade, até hoje.
-Tia, o que você fez ontem?
- Nada de mais, meu amor, só a rotina chata do trabalho...o de sempre- Era mentira, mas eu não podia situar uma criança de seis anos sobre um completo e horrendo caso de assassinato, da mesma forma que pouparei os leitores de uma descrição- E você?
-Comprei um sorvete e a tia da cantina me deu R$10,00 a mais de troco- Sempre me impressionei com o perfeito raciocínio matemático do menino, herança genética de meu irmão- E peguei os lápis de cor da professora de artes.
-João, você sabe que isso é errado?
- Sei, mas você perguntou o que eu fiz ontem.
Casos de violência passional, assassinatos disfarçados de suicídio e até assaltos estavam presentes no meu dia a dia; a desonestidade era praticamente uma condição de existência entre os criminosos que prendia, mas nunca pensei que veria isso em alguém tão sincero e jovem. Ninguém é totalmente honesto, não pude perceber isso antes.